Por folclore entendemos as manifestações da cultura popular que caracterizam a identidade social de um povo. O folclore pode ser manifestado tanto de forma coletiva quanto individual e reproduz os costumes e tradições de um povo transmitidos de geração para geração. Sendo assim, todos os elementos que são parte da cultura popular e que estão enraizados na tradição desse povo são parte do folclore.
As manifestações do folclore dão-se por meio de mitos, lendas, canções, danças, artesanatos, festas populares, brincadeiras, jogos etc. O folclore é parte integrante da cultura de um povo e, por isso, é considerado pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial, sendo imprescindível a realização de esforços para a sua preservação.
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Origem do termo
A palavra folclore tem origem no inglês e é oriunda do termo folklore. Esse termo, por sua vez, foi originário da expressão folk-lore, criada por um escritor chamado William John Thoms, em 1846. Em 22 de agosto de 1846, uma carta de Thoms enviada à revista The Atheneum foi publicada.
O termo de Thoms baseava-se em duas palavras:
Folk, que significa povo;
Lore, que significa conhecimento, saber.
Assim, a junção das duas palavras, conforme o próprio Thoms, significa saber tradicional de um povo. A palavra proposta de Thoms não foi adotada logo de imediato e só se popularizou quando surgiu a Sociedade do Folclore em Londres, no final do século XIX.
O folclore enquanto área de estudo começou a consolidar-se a partir do século XVIII, mas se firmou de fato somente no final do século XIX, quando instituições voltadas para estudos nessa área começaram a surgir na Europa e nos Estados Unidos. Seus especialistas consideram que os grandes pioneiros do estudo do folclore são Johann Gottfried von Herder e os irmãos Grimm.
Na medida em que o interesse pelo assunto disseminou-se, começaram a surgir sociedades voltadas para o estudo do folclore, sendo a citada Sociedade do Folclore (Folklore Society), fundada em 1878, a primeira delas. Essa determinou que dentro do folclore poderia incluir-se:
Narrativas tradicionais: contos, mitos e lendas populares;
Costumes tradicionais: costumes como as festas populares;
Crenças e superstições: saberes relacionados à magia, bruxaria etc;
Linguagem popular: dialetos falados e os jargões populares.
Por meio dessa sociedade londrina, o interesse no estudo do folclore espalhou-se, alcançou outros países da Europa, os Estados Unidos e, por fim, chegou ao Brasil. Claro que, ao longo desse processo, e na medida em que os estudos na área avançavam, novas definições surgiram e avanços sensíveis aconteceram.
Aqui no Brasil, alguns nomes, como Luís Câmara Cascudo, Mário de Andrade e Florestan Fernandes, destacaram-se no estudo do folclore. O primeiro congresso realizado no Brasil sobre folclore deu-se somente em 1951, sendo realizado no Rio de Janeiro. Um dos debates mais importantes que ocorreram nesse evento foi sobre as características para definir-se o que é folclore, algo que até hoje gera muita discussão entre os especialistas.
Características do folclore
As características do que pode ser definido ou não como folclore foram arduamente debatidas por intelectuais europeus e americanos. Esse debate, no entanto, não se encerrou, e aqui no Brasil diversos elementos do que se caracteriza como folclore ou são rebatidos ou são relativizados. Sendo assim, percebe-se que não existe um consenso entre os especialistas, e as características levantadas aqui não são unânimes.
Algumas das características do folclore são:
Origem anônima: Muitos definiram que um elemento para ser considerado folclórico tem de ter origem anônima, mas essa característica tem sido bastante questionada pelos estudiosos;
Transmissão oral: O saber que faz parte do folclore de um povo tem de ser transmitido oralmente;
Popularização coletiva: Tem que se popularizar na cultura de um povo;
Surgimento espontâneo: Os elementos da cultura que formam o folclore surgem de maneira espontânea.
Personagens do folclore
O cavaleiro sem cabeça é um personagem que surgiu na Europa e é famoso no folclore dos Estados Unidos.
O folclore naturalmente não é um elemento presente em lugares específicos, mas é algo manifestado por todas as culturas, pois todas elas têm o seu conjunto de crendices, mitos, tradições e personagens que compõem seu saber popular. Sendo assim, separamos esse espaço para citar alguns personagens que são parte do folclore de outras culturas que não a brasileira.
Cavaleiro sem cabeça: lenda tradicional que surgiu na Europa medieval e que chegou aos Estados Unidos, onde se popularizou. A lenda fala de um cavaleiro decapitado que vaga à procura de sua cabeça.
Gashadokuro: figura sobrenatural do folclore japonês. Na lenda japonesa, é um esqueleto gigante, formado dos ossos daqueles que morreram de fome, que vaga pelos campos do Japão à procura de viajantes para alimentar-se deles.
Chorona: personagem presente no folclore mexicano, que fala de uma mulher aos prantos e que ficava às margens de rios e lagos. Aqueles que ousavam aproximar-se dela morriam ou sofriam com outras consequências.
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Folclore brasileiro
O saci-pererê é um dos personagens mais famosos do folclore brasileiro.
O Brasil, naturalmente, possui o seu conjunto de elementos que formam o folclore brasileiro. É um consenso entre os estudiosos do assunto que danças, festas, lendas, jogos e personagens que compõem o folclore do Brasil são de origem europeia, portuguesa sobretudo, e também indígena e africana. Sendo assim, houve uma fusão de elementos de diferentes culturas. Alguns personagens do folclore brasileiro são o saci-pererê, a iara, o boto, o curupira, entre outros.
Crédito de imagem
[1] Orhan Cam e Shutterstock
Por Daniel Neves
Graduado em História
Muito interessante pois em cada país existe seus próprios personagens folclóricos de acordo com suas culturas
ResponderExcluirCada país tem seu estilo de dança para representar nosso folclóre
ResponderExcluirJhonny Fernandes da Silva 6 ano B
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