O movimento antivacina (anti-vax) é a prova do perigo que o compartilhamento
de fake news representa
para a sociedade. Neste ano, a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu o
conteúdo antivacina que circula nas redes sociais como um dos 10 maiores riscos
à saúde global.
A justificativa da OMS é de que não
tomar vacinas é tão perigoso quanto os vírus que estão presentes na lista de
riscos, já que quanto mais pessoas aderirem ao movimento, maiores as chances de
acabar com o progresso no combate de doenças, inclusive algumas que tinham sido
erradicadas, como o sarampo e
a poliomielite.
“A vacinação é uma das formas mais eficientes, em
termos de custo, para evitar doenças. Ela atualmente evita de 2 a 3 milhões de
mortes por ano, e outro 1,5 milhão poderia ser evitado se a cobertura vacinal
fosse melhorada no mundo”. (Declaração da OMS publicada pela Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical - SBMT)
Fake News
O que chama a atenção no retorno e na
multiplicação de algumas doenças até então combatidas pelas vacinas é a sua
proliferação em países mais desenvolvidos, ao contrário de outras endemias. Nos
Estados Unidos e em países da Europa, por exemplo, são as classes mais altas
que predominam entre os seguidores do antivax. A Ucrânia é a nação com maior
número de casos de sarampo (superando 53 mil casos em 2019), sendo mais de 100
mil infectados desde 2017.
Veja
também: o que são fake news?
Grande parte da imunização fundamental
ocorre ainda na infância, mas muitos país têm buscado se informar sobre as
vacinas e medicamentos em grupos do Facebook e outras redes sociais. Com a
proliferação de conteúdo falso, muitas vezes fundamentado e justificado por
pessoas que se dizem profissionais, as Fake News são comumente adotadas como
“verdade absoluta”, desconsiderando-se o que a ciência diz.
Os antivaxxers, como são chamados, usam
alegações falsas como “vacina causa autismo” e até motivos religiosos para
justificarem a ausência de vacinação. A Sociedade Brasileira de Medicina
Tropical (SBMT) cita, inclusive, uma pesquisa da revista Vacine sobre o assunto, estudo que constatou que
alguns grupos presentes na internet propagam que doenças como a poliomielite
não existem.
Não
pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
Retrocesso na Saúde Pública
A propagação do movimento antivacina é
preocupante. O Brasil, país que é exemplo em imunização, já sofre com a volta
de doenças que haviam sido erradicadas, como é o caso do Sarampo. São Paulo é o
principal estado brasileiro com surto da doença, resultado do vírus altamente
contagioso trazido por pessoas que estiveram na Europa e na Ásia. Pará, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Santa Catarina e Roraima também têm registros
de pessoas com sarampo, mas em menor quantidade.
Se em território pequeno o
compartilhamento de ideias equivocadas sobre as vacinas resulta em fuga da
imunização, um país com proporções continentais como o Brasil e que ainda
encontra dificuldade de acesso à saúde pública em alguns municípios pode ter um
retrocesso muito grande na erradicação de doenças.
Segundo o Programa Nacional de
Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/MS), a meta de vacinar 95% da
população-alvo nos últimos dois anos não foi alcançada. No caso da tetra-viral,
responsável pela prevenção contra o sarampo, caxumba, rubéola e
varicela (catapora), a
vacinação foi a menor registrada: 70,69% em 2017.
Onde buscar informações?
Propagar Fake News coloca o bem-estar
coletivo em risco, afetando inclusive a saúde pública. Por isso, cheque a
origem de qualquer dado quando pensar em compartilhar algo que receber pelas
redes sociais ou aplicativos de mensagem instantânea.
Dúvidas sobre os diferentes tipos de
vacinas são esclarecidas facilmente em páginas oficiais como o da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), do Ministério da Saúde (acesse aqui), e
da Sociedade Brasileira de Imunizações (acesse
aqui). Os sites trazem, inclusive, os calendários de vacina para
cada faixa etária e especificam a função de cada programa de imunização.
Fonte:https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/blog/os-perigos-movimento-antivacina.htm
Fonte:https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/blog/os-perigos-movimento-antivacina.htm
·
.
ResponderExcluir